Um dos mais populares ramos da engenharia é a Engenharia Civil, este segmento atua em diversas construções, como prédios, pontes e viadutos. Por outro lado, a engenharia é antiga que vem desde o início da história dos humanos que passaram a construir suas próprias moradias.
O que é Engenharia Civil?
A Engenharia Civil é a responsável por criar projetos de construções, fazer manutenções das infraestruturas, faz a preservação do meio ambiente e os seus objetivos são a criação de edifícios, pontes, túneis, usinas geradoras de energia, indústrias e inúmeros outros tipos de estruturas. Continue lendo “Engenheiro Civil”
A construção civil é uma das maiores vilãs para o meio ambiente. Em geral, essa é uma atividade que engloba diversas ações, quase todas não sustentáveis. Por exemplo, o concreto comum, que é o material mais empregado em obras brasileiras, é composto de recursos naturais – água, areia, pedras, além de substâncias calcárias e argilosas. Só a extração excessiva destas matérias-primas já é um grande problema, mas o descarte inapropriado da massa fabricada é o que tem gerado mais impactos negativos contra a natureza. Conheça o concreto reciclado. Continue lendo “Sabia que pode existir o concreto reciclado? Descubra como!”
O domínio da construção de barragens remonta o início das civilizações, uma vez que o homem passou a observar locais onde ele pudesse se fixar, adotando como um dos critérios principais a existência de água em qualidade e quantidade para garantir sua subsistência.
Outro fator foi a produção agrícola manual, com o aumento das comunidades para assim então culminar na formação das civilizações que evoluíram até os moldes atuais. A figura abaixo, por exemplo, mapeia os recursos hídricos da Mesopotamia, local onde a civilização obteve grandes avanços. Continue lendo “Construção de barragens: como e por onde começar?”
A indústria da construção civil é uma das maiores responsáveis pela emissão de CO² na atmosfera. Esse é um dos gases mais perigosos já produzidos pela humanidade. Ele afeta severamente a estrutura da camada de ozônio e a consequência é o aumento do efeito estufa. Em combate ao possível aquecimento global, cientistas do mundo todo têm pesquisado processos construtivos menos danosos ao meio ambiente e um dos exemplos é a produção do concreto tipo ecológico.
Cada vez mais a construção civil busca meios de industrializar seus processos, mudar e procurar alternativas construtivas diferentes, tudo com o intuito de melhorar uma única coisa, o CONTROLE. Num setor em que a cultura do controle ainda é extremamente difícil e pouco assertiva, mudar o “jeito” que se constrói, tentando industrializar ao máximo seus processos, ajuda a identificar onde estão as falhas, sejam elas de definição de escopo, custo, tempo e etc. Se você tem mais controle, você sabe exatamente quanto gasta, quanto tempo dura, e que qualidade tem. Assim você pode, além de melhorar a margem de lucro, oferecer um produto melhor a seus clientes.
Um dos processos construtivos que tem essa grande característica é o PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO.
Quando o assunto é o desenvolvimento plural da sociedade do século XX, o engenheiro civil com ênfase em saneamento Francisco Saturnino Rodrigues de Brito disse: “sanear, prever e embelezar”. Essa frase defendia que só seria possível um completo desenvolvimento das cidades se este fosse apoiado sob a égide de obras hidráulicas de drenagem urbana, abastecimento d’água e esgotamento sanitário, que viessem a coibir problemas de doenças de veiculação hídrica, gerando impactos positivos na vida das pessoas e no urbanismo estético. Continue lendo “Sanear, prever e embelezar: um panorama sobre os projetos de drenagem urbana”
Não é novidade a presença cada vez maior da tecnologia na construção civil. Porém, com tantas ferramentas surgindo de forma rápida, o modo de construir está mudando e tende a sofrer mais alterações à medida que novos recursos são desenvolvidos. Continue lendo “Como a tecnologia na construção civil impacta o setor”
O significativo avanço das técnicas na construção civil proporciona uma visão mais ampla das possibilidades variadas da utilização do concreto. Atualmente, pode-se aplicar esse material de diversas formas, conforme seu processo de fabricação e execução na obra. E isso tem sido modificado, adaptado e mesmo aprimorado de acordo com os desejos e necessidades dos clientes.
Mais recentemente, os projetistas foram apresentados ao concreto do tipo translúcido. Visualmente impressionante, seu maior diferencial é a estética. Ele permite a passagem da luz natural de forma a criar um belo efeito, que potencializa as sensações sobre a obra arquitetônica.
Concreto translúcido
Em pesquisa desenvolvida por volta do ano 2000, em conjunto com a empresa húngara Luccon, o arquiteto Áron Losonczi criou uma nova fórmula para o concreto. Sua invenção ficou conhecida popularmente como ‘concreto translúcido’. Porém, trata-se de uma mistura resultante de um processo relativamente simples.
Os blocos, que podem ser de vários tamanhos e, inclusive, com incorporação de isolamento térmico, recebem o concreto como de forma habitual. A diferença é a mistura de uma pequena quantidade cabos de fibra ótica à composição – na proporção 5% de fibra para 95% de concreto.
As fibras são dispostas de modo transversal em relação à forma do bloco, misturando-se ao concreto acrescido no interior da fôrma. Elas funcionam como uma espécie de agregado miúdo. O resultado disso é um componente estrutural mais maleável, impermeável e resistente do que o concreto convencional. E todas essas características do concreto translúcido dificultam a ocorrência de certas patologias nas estruturas, como rachaduras e infiltrações.
+ Aplicação do material
O concreto translúcido – produzido hoje pela empresa húngara LitraCon e, de forma semelhante, pela empresa italiana Italcementi e a alemã Lucem – já está sendo utilizado pelo mundo. Vê-se, por exemplo, seu emprego em obras de mobilidade e segurança pública, como em quebra-molas, iluminados internamente por LEDs, em estações de metrô e em celas de presídios, que podem receber luz natural durante o dia.
+ Vantagens e desvantagens
O valor do concreto translúcido, em relação ao convencional, ainda é alto, por várias razões. E reduzir seu custo é apenas um dos desafios de mercado. Até o momento, não existem normas técnicas que reconheçam esse material, o que restringe o seu uso. Mesmo assim, o efeito de transparência e luminosidade das peças, contrapondo com a rusticidade aparente, atrai a atenção daqueles interessados em novas soluções para a construção civil.
Um produto com status de ‘ecologicamente correto’ é sempre bem valorizado. E o concreto translúcido serve também ao conceito de ‘preocupação ambiental’. A quantidade de luz que trespassa uma parede nesse material, por exemplo, pode auxiliar na redução do consumo de energia elétrica dentro da edificação. Isso é totalmente determinado pela quantidade de fibras óticas aplicadas à composição.
Veja, neste vídeo, as muitas vantagens da utilização do concreto translúcido:
LitraCon x Concreto Translúcido do México
Por volta de 2005, uma empresa mexicana lançou no mercado o, também chamado, concreto translúcido. Acredita-se que a diferença entre esse material e o fabricado pela empresa LitraCon, da Hungria, seja a composição química. A técnica desenvolvida por Áron Losonczi consiste em um sistema de matriz tridimensional. São blocos pré-fabricados, que medem trinta por sessenta centímetros e são compostos pela mistura do concreto com fibras óticas.
Diferentemente, o concreto translúcido desenvolvido no México é auto adensável e pode ser aplicado em grandes volumes. Ele se adapta a qualquer tamanho e objeto por ser bem flexível. Também apresenta um melhor acabamento, resistência, leveza e transparência. Desde a sua origem, trata-se de uma massa composta de cimento branco, agregados, água e aditivos – cuja fórmula é secreta. A luz tênue e suave passa pela estrutura construída, dependendo da espessura da mesma e do tamanho dos agregados utilizados na massa, sem haver qualquer distorção de iluminação em até dois metros.
Mesmo sem necessitar de nenhum equipamento, tratamentos térmicos ou laboratório especial, a tecnologia mexicana exige mão-de-obra qualificada. Por isso esse concreto translúcido também possui um custo elevado em relação ao concreto convencional. Além disso, ele ainda sofre com a descredibilidade do mercado. Mesmo assim, apresenta vantagens como o baixo impacto ambiental e a possível condutividade elétrica, que permite a construção de estruturas sem fiação interna.
O concreto translúcido desenvolvido no México é indicado para a aplicação em pisos, paredes, telhados, claraboias, bancos, mesas, luminárias e outros. Uma boa ideia para a sua utilização é em edificações em zonas de furações ou terremotos, que necessitam de estruturas mais resistentes e com menos aberturas, resistindo fortemente às intempéries.
Entenda qual a diferença visual deste concreto translúcido assistindo o vídeo abaixo:
Sustentabilidade e bioconstrução são termos que estão a cada dia mais relacionados à engenharia e são fundamentais quando pensamos em alternativas para a proteção do meio ambiente. Pensando nisso, a empresa italiana Presanella Building System desenvolveu uma solução patenteada em que é transformado o plástico em tijolo para materiais para construção, como cofragens e até vigas para a sustentação do telhado. Continue lendo “Tecnologia que transforma plástico em tijolo chega ao Brasil”
O concreto da Roma Antiga é conhecido por uma característica peculiar: o contato com a água do mar torna a construção mais forte, de forma que ela resiste à erosão há milhares de anos. Finalmente, os cientistas descobriram a causa desse fenômeno e acreditam que a partir dele será possível produzir materiais construtivos com menor impacto ambiental.
O concreto da Roma Antiga, em suas barragens marítimas, é parecido com um “cimento” e feito de uma mistura de cinzas vulcânicas e cal. Em investigações anteriores, os pesquisadores descobriram que ele continha tobermorita de alumínio, um mineral raro, e acreditavam que ele cristalizava-se na cal à medida em que o concreto era aquecido em contato com a água do mar, o que originava sua resistência elevada.
Saiba mais sobre o concreto da Roma Antiga
Os testes mais recentes mostraram que a tobermorita está presente no concreto acompanhado de um mineral poroso denominado phillipsita. A exposição à água do mar contribuiu para que os cristais crescessem com o passar do tempo, o que previne o surgimento de rachaduras e deixa o concreto mais forte.
Ao invés de causar erosão no concreto antigo, a água do mar é filtrada e dissolve os componentes das cinzas vulcânicas, permitindo que os minerais cresçam a partir dos fluidos alcalinos lixiviados. O nome da reação relacionada ao crescimento dos minerais é “reação pozolânica”, uma homenagem à cidade de Pozzuoli, na Itália.
No concreto utilizado atualmente, as partículas são inertes para prevenir que ocorram reações, mas isso acaba contribuindo para a deterioração do material.
Prós e contras
O concreto antigo é mais sustentável e duradouro que o convencional. Os pesquisadores esperam que ele seja uma alternativa viável para uso em projetos de geração de energia a partir das ondas e marés, visto que, enquanto algumas estruturas de concreto romano resistem há mais de 2.000 anos, o convencional requer reforços de aço que seriam corroídos ao longo do tempo.
Se a lagoa para geração de energia a partir de ondas e marés for colocada em prática, como é a ideia dos pesquisadores em Swansea, no Reino Unido, será necessário que ela funcione por 120 anos para recuperar o custo de investimento. Neste caso, o concreto romano é preferível, pois sua durabilidade é maior. Outra ideia cogitada é usar a tobermorita na construção de depósitos para resíduos de materiais perigosos.
Porém, apesar das vantagens, é difícil produzir o concreto romano. Não há rochas vulcânicas adequadas (como havia na época das primeiras construções) e as proporções da mistura não são conhecidas de forma exata. Além disso, ele possui menor resistência à compressão que o concreto convencional. Apesar de ser ideal em alguns contextos, como a construção marinha, leva tempo para desenvolver sua resistência a partir da água do mar.
O artigo com o estudo completo foi publicado recentemente na revista American Mineralogist. O vídeo abaixo resume a pesquisa: