Eles já estão entre nós, cada vez mais desenvolvidos e incrementados, com uma série de funções que muita gente até duvida. Com a proposta de facilitar a vida humana (ou atrapalhar, dependendo do ponto de vista), os robôs são criados com diversas funções, impulsionando o mercado de robótica no mundo inteiro. Mas, e no Brasil, será que é forte? Para os engenheiros e profissionais que pensam em investir nessa área, preparamos um artigo com alguns fatos desse setor no país. Acompanhe!
Mercado de Robótica no Brasil: como é na realidade?
Segundo dados de 2015 da Federação Internacional de Robótica (IFR, em inglês), a participação de robôs no setor industrial brasileiro ainda é pouco visto à ascensão dessa tecnologia. Os números mostram que há 9 dispositivos instalados para cada 10 mil trabalhadores, uma marca bem aquém da líder, a Coreia do Sul (com 437 a cada 10 mil), mas que deve crescer e saltar para 18 mil em dois anos.
Em comparação com essas nações desenvolvidas, sobretudo as asiáticas e os Estados Unidos, nosso país ainda engatinha no mercado de robótica, sobretudo pela falta de infraestrutura. Agora, com a crise econômica, deve dar uma estagnada na indústria, mas elevar quando se trata de outras áreas.
De acordo com especialistas, o Brasil deve investir na automação e otimização dos robôs para que avance no setor. A dificuldade em conseguir componentes e materiais importados ainda é uma das causas da lentidão do processo, além do encarecimento da tecnologia e pesquisas pertinentes.
Nos EUA, por exemplo, uma peça necessária é encomendada e chega no dia seguinte. Por aqui, ainda acontece a nossa tão conhecida burocracia. Além disso, tudo depende de um ciclo até chegar na robótica. É preciso atentar-se a cada setor complementar, como circuitos, mecânica fina, mecânica de componentes de alta precisão, e mini e microcomponentes, revelam profissionais da área.
Ainda assim, a robótica na área industrial, alimentícia e na produção de veículos de todos os portes tem uma boa visão no país, assim como a robótica móvel. Empresas tem investido em novos maquinários, renovando e propondo pesquisas mais aprofundadas na área, como a Petrobrás, que conta com um campo específico para esses estudos e desenvolvimento.
Robótica no Brasil: boas perspectivas?
Apesar dos pesares, as perspectivas são boas, tanto no meio acadêmico quanto prático. Muitas instituições têm se voltado para essa área, abrindo cursos, estimulando as pesquisas e já pensando no futuro, assim como as indústrias buscando modernização e, claro, tecnologias para aperfeiçoar o trabalho.
“Em virtude do pré-sal, existe demanda nos setores de robótica e automação, que têm papel importante e vão ter cada vez mais. É um mercado promissor para o Brasil, e inclusive já existe um nicho importante, que deve manter esse status”, revela o professor Marco Henrique Terra, coordenador do Centro de Robótica da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos.
Ainda segundo o especialista, a tendência é que o governo comece a propor maiores investimentos na área, visto sua importância no mercado atualmente, “O governo federal, principalmente, tem sinalizado que a tendência é de aumento de investimentos na área de robótica, no intuito de que a economia brasileira se torne mais competitiva”, conta.
Além do tradicional, a robótica aérea e para otimização do setor agrícola são vistos como pontos de interesse do mercado de robótica atual no Brasil. Mas, com o tempo, outras áreas ganharão relevância, já que a necessidade do país de buscar e fabricar seus próprios recursos será latente com o tempo.
Nesse contexto, a robótica no mercado de trabalho deve crescer bastante com o tempo, seguindo o modelo mundial de uso de maquinários e robôs cada vez mais desenvolvidos e com diversas funções!
Por meio de um plano completo entre instituições, empresas e governo, com certeza será possível alcançar resultados efetivos. Com isso, os robôs ficarão mais acessíveis e disponíveis para utilização da própria população, como auxílio na execução de serviços básicos.
É importante destacar também (e animar os engenheiros que pretendem seguir essa área) que há diversas competições e premiações de robóticano mundo. E, melhor ainda, as equipes brasileiras (geralmente de universidades) são muito respeitadas lá fora.
”O País tem conseguido índices muito bons, as equipes daqui são muito bem vistas no mundo”, conta Anderson Harayashiki Moreira, do Núcleo de Robótica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), de São Paulo, que coordenou um grupo que venceu um torneio internacional em 2010.
Ou seja, para os jovens interessados no mercado da robótica, vale a pena apostar e tentar fazer a diferença. Sabemos que qualquer área por aqui enfrenta dificuldades, mas, com bons profissionais, tudo é possível.
E você, o que acha desse setor no Brasil atualmente? Comente!
Referências: Terra / Folha de SP
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