Os diplomas vão ficando menos relevantes do que as habilidades comportamentais, explica uma das principais recrutadora do Brasil. Entenda
Lembro-me em 2011, quando o termo “indústria 4.0”, começou a se tornar conhecido no mundo. Fomos apresentados à ideia de que as máquinas poderiam criar réplicas virtuais do mundo físico para tomar decisões descentralizadas e operar em situações da vida real, em tempo real. Continue lendo “Entenda o impacto da indústria 4.0 no mundo do trabalho e na sua carreira”
Entidades do setor discutem diretrizes curriculares dos cursos de graduação
Os cursos de engenharia do país precisam passar por mudanças no
currículo para formar profissionais capazes de lidar com os desafios trazidos
pela
indústria 4.0 —conceito que engloba a adoção de tecnologias digitais nos
processos fabris.
Essa é a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
que, com outras entidades, tem participado da discussão de propostas para as
novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos de engenharia, sob
responsabilidade do Conselho Nacional de Educação.
Em debate há quase dois anos, as novas diretrizes passam a valer
para todos os cursos da área do Brasil assim que forem aprovadas e homologadas
pelo Ministério da Educação, o que ainda não tem um prazo para acontecer.
“O setor industrial gera emprego para os engenheiros e sabe
apontar quais as carências dos profissionais recém-formados”, diz Gianna
Sagazio, diretora de inovação da CNI.
Segundo ela, o desafio é que os alunos coloquem a mão na massa durante a
graduação e trabalhem em projetos que busquem soluções para problemas reais das
empresas.
“É importante incorporar as tecnologias digitais aos currículos,
como big data e internet das coisas”, afirma.
Alguns dos principais pontos das novas diretrizes propostas são a formação por competências e habilidades (que permita ao aluno saber aplicar em situações reais os conteúdos aprendidos), o desenvolvimento de soft skills (capacidade de liderança e comunicação, por exemplo) e o uso de metodologias ativas de aprendizagem (como o ensino baseado em projetos).
Indústria 4.0 Robôs ajudam e substituem humanos
“Outra novidade é o incentivo ao empreendedorismo”, diz Antonio
Freitas, relator da comissão das DCNs de engenharia. “Em um mundo onde o
emprego formal ficará mais escasso, pois todo o trabalho repetitivo deverá ser
realizado por máquina, ao profissional caberão as partes nobres: a criatividade
e a capacidade de interagir com pessoas”, diz.
Para Vanderli Fava de Oliveira, presidente da Abenge (Associação
Brasileira de Educação em Engenharia), outro órgão envolvido na elaboração de
propostas para as diretrizes, o aspecto empreendedor não se refere só à criação
de uma empresa.
“O engenheiro deve empreender em seu local de trabalho, gerir
pessoas, melhorar a qualidade e aumentar a produtividade”, afirma.
Freitas ressalta que o foco das novas diretrizes não são as
melhores graduações do país, que, em geral, já desenvolvem essas práticas, mas
os cerca de 6.000 cursos do Brasil.
Uma das instituições que já se preocupam com a inovação e o
empreendedorismo dos alunos é o Insper, em São Paulo, que oferece três cursos
de engenharia: computação, mecânica e mecatrônica.
“A maioria dos engenheiros são preparados para pensar na
viabilidade técnica. Mas não adianta ter uma solução técnica fantástica se ela
não for viável economicamente, não chegar ao mercado ou não atingir as
pessoas”, diz Irineu Gianesi, diretor de assuntos acadêmicos do Insper.
Outra questão essencial, segundo ele, é o olhar para o usuário.
“Conhecer as pessoas, sua cultura e entender suas demandas é fundamental para
pensar em soluções.”
O currículo
do Insper, desenhado em parceria com a Olin College (EUA), inclui atividades
práticas desde o início da graduação. “No primeiro semestre, os alunos
constroem uma estação meteorológica e precisam ir atrás dos conhecimentos
necessários para realizar esse projeto. Isso mexe com a motivação do aluno”,
exemplifica Gianesi.
Maria Clara Lorenzetti Luques, 21, estudante do terceiro ano de
engenharia mecatrônica no Insper, diz que se surpreendeu ao ter aulas práticas
logo no primeiro semestre.
Ela desenvolveu em grupo um projeto de brinquedo, um robô.
“Aprendemos a pensar em quem vai usar o produto. Na engenharia clássica, isso
se perde um pouco”, diz.
Também com foco na atualização do ensino, a Poli (Escola
Politécnica) da Universidade de São Paulo fez uma mudança curricular em 2014.
Uma das alterações foi proporcionar maior proximidade dos ingressantes com
disciplinas específicas da engenharia, para já terem contato com sua futura especialidade.
Outro ponto foi abrir espaço na grade para disciplinas
optativas, tanto da Poli como de outras faculdades da USP. “Isso garante
uma formação mais ampla e flexível”, diz Fabio Cozman, presidente da Comissão
de Graduação da Poli.
Vanderli Oliveira, da Abenge, considera importante esse olhar
amplo. “Hoje, os problemas são mais multidisciplinares, pois envolvem questões
ambientais, éticas, legais.”
Ainda que a modernização do currículo dos cursos de engenharia seja um
consenso, algumas propostas das novas diretrizes têm sido criticadas.
Joel Krüger, presidente do Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia (Confea), diz que o principal ponto de conflito é que as propostas
deixam em aberto a forma que serão trabalhados conteúdos essenciais para o
engenheiro, como matemática e física.
“Corre-se o risco de ter cursos de engenharia deficitários
nessas áreas”, diz.
Para Cozman, da USP, o foco nas competências é mais produtivo do
que o foco no conteúdo. “É o que acontece com o Enem. No entanto, é preciso que
as competências sejam bem definidas.”
Segundo Gianesi, uma questão importante é que as diretrizes, ao
não trazerem uma lista de conteúdos obrigatórios, colocam para as escolas a
responsabilidade de justificar como o seu currículo vai atender as
competências.
De acordo com Oliveira, há uma preocupação de que as as escolas
diminuam a carga de disciplinas básicas. “Mas não tem como desenvolver as
competências sem uma forte base em matemática, física e computação. Curso que
não tem essa base não é engenharia é ‘enganaria’
Quando falamos em uma rotina de escritório, fica muito fácil que as tarefas sejam realizadas, não é mesmo? Quando mudamos o cenário para uma industria, fica um pouco mais difícil que todas as tarefas sejam feitas manualmente não é mesmo? De modo geral, a boa automação industrial vem para ajudar com isso. Esse processo é baseado em um sistema de controle, tais como computadores ou robôs, e tecnologias de informação, para lidar com diferentes processos e máquinas em uma indústria, substituindo o uso de pessoas.
Um projeto de automação industrial é importante em todos os sentidos, tudo por que ele foca em trazer benefícios para a vida de todos. Ter um projeto muito bem definido é interessante para aplicar o conhecimento e experiência. É preciso contratar uma empresa de automação industrial adequada, alocar tempo e esforço para implementá-lo e exigir de sua equipe e empresas parceiras um projeto de engenharia básico e executivo bem definido, detalhado e condizente com a tecnologia mais atual. Continue lendo “Dicas para um projeto de automação não ser falho”
O setor industrial brasileiro cresceu muito nos últimos anos, mesmo em meio à crise econômica, devido aos processos importantes, tais como o controle e automação. De modo geral, quanto mais as indústrias incorporam novas tecnologias e inovações em controle e automação, mais destaques e credibilidade seu produto final tem no mercado, conquistando não somente lucros, mas verdadeiros processos de melhorias internas em sua cadeia de produção. Conheça a importância da automação industrial. Continue lendo “A importância da automação industrial”
Eles já estão entre nós, cada vez mais desenvolvidos e incrementados, com uma série de funções que muita gente até duvida. Com a proposta de facilitar a vida humana (ou atrapalhar, dependendo do ponto de vista), os robôs são criados com diversas funções, impulsionando o mercado de robótica no mundo inteiro. Mas, e no Brasil, será que é forte? Para os engenheiros e profissionais que pensam em investir nessa área, preparamos um artigo com alguns fatos desse setor no país. Acompanhe! Continue lendo “Como é o mercado de robótica no Brasil?”
A evolução nas conexões de dados industriais, é foco de nosso texto, grandes esforços e investimentos dos departamentos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico estão criando novos padrões, equipamentos e softwares, permitindo pavimentar o caminho da Indústria 4.0.
Disponibilizamos três textos correlacionados, onde mostramos as novas tecnologias, o OPC-UA (OPC UA – Unified Architecture) , o TSN (Time-Sensitive Networking) e o FDI (Field Device Integration), formando os novos padrões da conectividade industrial.
O processo de mecanização dos estabelecimentos industriais, inicializado durante a Revolução Industrial na Inglaterra, não se limitou apenas aos séculos XVIII e XIX. Com o passar dos anos, novas tecnologias foram desenvolvidas com a intenção de aumentar a quantidade e a qualidade dos itens produzidos, diminuindo ao máximo as perdas e maximizando a eficiência, por meio da introdução de máquinas nas linhas de montagem. O processo intensificado nos últimos anos, dentro das indústrias e fábricas, de aplicação de técnicas, softwares e sistemas específicos em um determinado equipamento é denominado: automação industrial.
A automação industrial pode ser empregada em máquinas e processos relacionados à indústria automobilística, química, de mineração, entre outras. Considerando as empresas relacionadas à produção de automóveis, as máquinas automatizadas atuam na execução de pinturas, realização de soldas e modelagem de chapas no formato desejado para os veículos.
Atualmente, a parte mais visível dos processos de automação está ligada ao emprego de robôs nas linhas de montagem e produção, ou seja, a aplicação da robótica. A utilização de sistemas compostos por transmissores de pressão, vazão, temperatura, entre outras variáveis, permitiu a instalação destas máquinas nas indústrias petroquímicas e farmacêuticas, nas quais exige-se um elevado nível de precisão.
+ O Profissional
O profissional relacionado a automação industrial é responsável por executar projetos de máquinas inteligentes, componentes robotizados e sistemas industriais de interação (redes industriais). Além de acompanhar o desempenho de equipamentos de linhas de produção automatizadas, desenvolver e instalar sistemas digitais, softwares e linguagens de programação, este tecnólogo atua na manutenção e conservação dos sistemas utilizados.
Benefícios da Automação Industrial
Aumento da produtividade: a aplicação de máquinas automatizadas permite o alcance de ciclos de produção mais rápidos, com maior eficiência e repetitividade.
Redução de custos: vantagem intimamente relacionada ao item anterior. Por meio do aumento da produtividade e eficiência, é possível atingir um rápido retorno nos valores investidos. Além disso, a maioria dos sistemas automatizados são programados com o objetivo de proporcionar uma economia de energia elétrica e outros custos adicionais.
Vantagem competitiva: a sobrevivência na economia global atual exige a capacidade da competitividade entre as empresas. Por meio da automação, as corporações adquirem a capacidade de ficar em sintonia com as concorrentes mais fortes existentes no mercado no quesito qualidade e preço do produto final.
Precisão: é um dos principais benefícios relacionados à automatização de máquinas. Durante o processo de produção e/ou montagem, todas as variáveis são controladas pelo computador do sistema, de modo a aumentar a precisão das operações realizadas.
A automação industrial abriu uma vasta área para o desenvolvimento de tecnologias capazes de mecanizar completamente os sistemas de produção no interior de uma fábrica ou indústria. Em contrapartida, é evidente a influência desse processo na redução do número de empregos diretamente ligados às linhas de montagem e produção, as quais devem buscar a conciliação entre o profissional altamente qualificado e os equipamentos com elevados padrões de qualidade, de modo a impulsionar cada vez mais a produção, o lucro e a qualidade dos serviços e produtos oferecidos pelas fábricas e indústrias.
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